domingo, 13 de março de 2011

NA ESTRADA DA VIDA CAMINHO DESENHANDO ENTRE A FORÇA DO TRAÇO E A PUREZA DO TOM.

O fascínio pelo desenho me faz recordar desde quando me dei conta por gente. Na pureza de minha infância, encantado pelos rabiscos que fazíamos (eu e outras crianças) nas paredes de madeira da residência da mamãe: desenhávamos a casa, nós e as outras pessoas que lá moravam. Tínhamos um ritual que se repetia em todas as festas de natal: marcar, com um traço, as estaturas de cada um na parede, com o intuito de registrar aqulele momento de grande alegria para nós.
"Marcar" continuou a ser uma prática cada vez mais presente em minha vida. O desenho integrou meu percurso. "Marcando" meus trajetos pude impulsionar-me para novas projeções: mergulhar em meu universo e para fora de mim... para o mundo. Uma experiência de autodescoberta, que possibilita também voltar-se para o outro reconhecendo-o como participante de minha "casa", "parede" ou prancheta. Minha experiência é uma caminhada desenhante, que ganha força quando percebo ser (o desenho) uma forma de me relacionar com o mundo, e me posicionar para o mundo.